domingo, 29 de junho de 2014

Edy, O Azarado

Bem, antes do próximo mini conto uma pequena explicação.Esse texto foi um desafio proposto por alguns amigos, eles me deram 12 palavras e eu tive que criar uma historinha. As palavras foram: Batata, Satanaixxx, Starships, Pelados, Praia, Sul, Noivo, Segredo, Romance, Instrumento, Herói, Colher. Sem mais delongas eis o dito cujo, divirtam-se :D 


Era uma vez um cara chamado Edeivandecidecleidson, mais conhecido como Edy, que foi a uma praia de nudismo e lá conheceu a garota de seus sonhos, ela era absolutamente linda e estava comendo batata frita da marca favorita dele Satanaixxx. Ele não se conteve e foi falar com ela.
 - É a primeira vez que vem a uma praia de nudismo?
 - Aqui sim, eu costumo ir mais às praias do Sul.
* Uma música começa tocar*
‘Starships, are meant to flyyy...’
 - Eu tenho que atender, com licença – ela pegou o celular na bolsa e se afastou para atender.
 - Ok
Após finalizar a conversa no telefone ela voltou.
 - Era meu noivo, eu tenho que ir.
 - Espera, qual o seu nome?
 - Sara e o seu?
 - Edy.
 - Lugar estranho para fazer amigos, não?
 - Um pouco, conversar com alguém desconhecido pelado, é um pouco estranho mesmo – eles riram.
 - Te vejo por ai.
 - Será?
Ela sorriu e foi embora. Edy ficou sozinho pensando sobre a vida e sobre como ele era azarado, achou que poderia começar um romance ali com aquela garota, mas foi só sua imaginação, sua mãe sempre dizia a ele: ‘Para de ler essas histórias, desenhar heróis não vai te fazer achar mulher nenhuma. Esses caras não sabem nem por a cueca por baixo da calça’, ele respondia: ‘Quando eu for quadrinista  eles vão usar a cueca no lugar certo mãe’.  Agora seu sonho tinha se tornado realidade, era quadrinista de sua empresa favorita de HQ’s e conseguiu com que os uniformes fossem mudados, mas continuava aquele mesmo garoto nerd e esquisito, isso não era nenhum segredo.
 - Devia ter aprendido a tocar algum instrumento, talvez guitarra, ai teria um milhão de garotas atrás de mim e poderia sair da casa da minha mãe – ele pensou.
Mas por hora decidiu deixar esses pensamentos para trás e seu estômago roncou, procurou na mochila o pudim que sua mãe lhe preparara e depois percebeu que esqueceu de trazer uma colher.
 - Eu sou mesmo MUITO azarado.

sexta-feira, 31 de janeiro de 2014

Revenge Is Sweeter Than You Ever Were

Ele jazia na cama encoberto com o sangue que saia das feridas de múltiplas facadas, os golpes que ela deu foram tão violentos e furiosos que ela e todo o quarto estavam ensanguentados, a faca ainda pingava formando uma poça no chão.
Ela levou a faca aos lábios e lambeu o sangue ainda morno, era salgado e tinha gosto de ferro, mas mesmo assim ela achou delicioso.
 - Vingança é mais doce do que você jamais foi.
Sua vingança estava completa. Ela tomou banho no banheiro dele, se vestiu, pegou os celulares dele, vídeo games e enquanto pegava outras coisas de valor encontrou as espadas que ele havia comprado. ‘Devia ter usado elas’ pensou enquanto admirava o brilho da espada contra a luz, ela as levou também. Colocou tudo em uma caixa e levou para fora, amarrou na moto dele, voltou pegou as chaves, saiu e trancou a porta, arrombou a porta para simular um assalto, bagunçou tudo e foi para o quarto olha-lo pela última vez.

 - Adeus – beijou a boca e a bochecha dele, lambeu os lábios para limpar o sangue. Pegou a moto dele e foi embora.

-Conto inspirado na música Revenge Is Sweeter Than You Ever Were-

Refrão: Você está ouvindo, quando eu falar com você
Você se importa que eu estou passando
Seus olhos olham e eles estão olhando através de mim
Você está ali, mas é como se você nunca me conheceu
Você nem sabe o quanto dói
Você desistiu de mim para ficar com ela
E a vingança é mais doce do que jamais foram

Eu estou tão brava com você agora
Eu não posso nem encontrar as palavras
E você está no caminho para baixo
Eu não posso esperar para vê-lo queimar
Você tenta fazer me odiar aquela garota
Quando eu deveria te odiar
E o que diabos está errado com você

terça-feira, 13 de agosto de 2013

Pequenos Versos Soltos II

Saudade
Do que?
De quem?
Por que?
Por você
De você
Pra você
Sempre você
_______

O que me mata me dá vida
O que me destrói me levanta
O que me desfaz me refaz

_______

-Por que tanto querer?
 Por que tanto fugir?
 Não poderia simplesmente ficar?
 Não poderia simplesmente dizer?
- Dizer o que?
- Você sabe o que
_______

Virá?
Será?
Quererá?
Me amará?
Me amou?
Fingiu?
Mudou?
Mentiu?
Fugiu?
Me enganou?
Se enganou?
Confundiu?
Esqueceu?
Esqueceu...???
Mas eu não esqueci!

Agridoce sentimento

Acho que estou doente, doente de amor
E não consigo me curar
Talvez não seja doença esse tal de amor
Talvez seja veneno
Diria até um suave veneno
Não tão suave assim
Com sua alegria agridoce
Doce os beijos
Salgadas as lágrimas
Doloridas as feridas
Impenetrável o escudo ao redor do coração
Protegendo a paixão que arde
Ah, como arde
E feri
E doi
E mata
E cura
E sara
E esquece
E é esquecido
E se renova
E vai embora
E volta
Mais forte do que nunca
Pra mostrar quem manda
Não sou eu
Não é você
É ele

O amor

quinta-feira, 24 de janeiro de 2013

Pequenos versos soltos I


Queria ser um simples raio de sol
Sol não sente, não ama, não doi
Raio de sol aquece, ilumina e se vai
Não precisa de mais nada

__
Se pudesse desejar algo
Desejaria ser uma formiga
Sua minúscula forma me inveja
Seja pela simplicidade da vida
Ou pela facilidade da morte
Não importa
Pois continuo não a sendo

__
Ser humano às vezes é um peso
Nós carregamos a resposabilidade
De manter o planeta
Mas o estamos destruindo
É tudo culpa nossa

sábado, 19 de janeiro de 2013

Contos Inacabados I - Ano Novo


5
4
3
2
1
...
 - Feliz Ano Novo – diziam as pessoas felizes na areia abarrotada.
Ela contemplava os fogos de artifício no céu, tentando esquecer as coisas ruins, se lembrando apenas das coisas boas. Pulou 7 ondas e se ajoelhou na areia molhada pelo mar, champanhe e cidra que eram derramados, e pediu, ou melhor, implorou pra quem quer que estivesse ouvindo-a, desejou com toda força de vontade que ainda lhe restava no coração de pedra que o ano que estava chegando fosse melhor, muito melhor que o ano anterior. Ela chorou, com todas as lágrimas que tinha, chorou até não haver mais água em seu corpo. Sentiu sede, se juntou a um grupo qualquer de pessoas felizes apenas para beber o vinho barato que estavam dividindo, era horrível, mas era álcool. Fez o mesmo com mais uns 3 grupos, depois parou de contar, ficou bêbada e cansada. Sentou em um canto qualquer perto de uma barraca fechada, encostou a cabeça e apagou.
  - Bom dia – disse um rapaz que colocava cadeiras, mesas e guarda-sóis na areia, agora vazia.
O sol estava forte e amarelo, sua pele queimava, olhou com desdém para o cobertor feio e rasgado que lhe cobria.
 - Estava bem frio de manhã – disse o rapaz percebendo o olhar dela em direção ao cobertor que parecia um pano de chão.
 - Obrigada – disse ela com a voz fria e rouca.
Sua cabeça doía da bebida da madrugada, seu corpo e pescoço doíam devido ao mau jeito que dormiu.
 - Que dia é hoje? – perguntou grossa e mal educada.
 - 1º de Janeiro – o rapaz se mantinha simpático e sorridente.
 Ela respirou com alívio, se lembrando de quando foi a uma festa, bebeu e acordou dois dias depois em outro país. Tentou se levantar.
 - Deixa que eu ajudo – o rapaz segurou sua mão e ombro, equilibrando-a a seu lado – Você está bem?
 - Estou – eles caminharam até a cadeira mais próxima e ela sentou. E pela primeira vez realmente olhou o rapaz que a ajudará. Ele era alto, moreno, forte, tinha olhos levemente puxados e um sorriso muito bonito. Não era de se jogar fora.
 - Meu nome é Miranda – disse ela estendendo a mão direita.
 - Felipe – ele segurou e beijou delicadamente as mãos sujas de areia e outras coisas que nem ela sabia.
Ela ficou lisonjeada e levemente desconcertada pela atitude do rapaz, ainda mais nesse país de pessoas sem bons modos, mas ela não é de se derreter pelo primeiro par de calças galanteador que encontra.
 - Você quer alguma coisa? – disse o rapaz galante
 - Um café cairia muito bem – respondeu colocando as mãos na cabeça como se isso fizesse a dor de cabeça da ressaca parar.
 - Ressaca? – perguntou Felipe levantando uma sobrancelha.
 - É, mas já tive piores.
 - Vou trazer seu café – disse e foi andando em direção a barraca.
 - Espere, eu não tenho dinheiro – disse Miranda desconfortável por não ter um trocado sequer.
 - Não se serve café na praia. É por conta da casa – riu e foi para a barraca.

quarta-feira, 14 de março de 2012

Desabafo de uma consciência cansada ou


O lixo que me sinto desde que você parou de se importar realmente comigo, seu idiota ou O quanto eu ainda sinto por você apesar de tudo ou Não se preocupe em fingir que ainda gosta de mim estou te superando!

Ela se sentiu feliz e protegida pelos braços que a reconfortavam (imaginários), sorriu com o beijo doce em sua testa (um vento frio) e adormeceu ao som de sua voz cantando sua canção preferida (o rádio);
 - Estou ficando louca? Eu o vejo em todo lugar. Não importa onde esteja, eu o vejo – pensou ela.
Não me atrevo a responder, sua sanidade não é meu departamento. Ela checa o celular.
Sem mensagens.
Sem chamadas.
Vira para o outro lado e o vê sorrindo, lhe dizendo o quanto fica bonita sob a luz do abajur (um urso de pelúcia), ela acaricia seu rosto sem vida, sorri de lado e suas bochechas ficam rosadas. Que idiota! Olha novamente o celular (não se passaram nem cinco minutos) como se ele fosse se dar ao trabalho de ligar após tanto tempo, tempo que parecia uma eternidade pra quem conta as horas esperando por um gesto qualquer de carinho, afeição e atenção de uma pessoa em especial.
Se ele soubesse como o coração dela dispara quando alguém fala o nome dela na rua e ela acha que é ele, como ela sua ao se lembrar dos momentos juntos a ele, como seu coração se parte ao dormir e não ter noticia dele e como ele se renova e se enche de esperanças quando o dia amanhece dando uma nova chance dele aparecer. Se ele soubesse de tudo isso a acharia louca, idiota, infantil, sonhadora??
Não faço ideia. Infelizmente não sei o que se passa naquela cabeça.
Ela tenta superar, se esforça mesmo, mas como é possível, se cada filme, série, música e até as ruas da cidade a fazem lembrar de tudo que aconteceu e tudo que poderia ter acontecido?
Tenho pena dela. Uma pobre coitada, mais uma pobre coitada que se apaixonou.
Ela tenta entender (eu tento entender) porque não deu certo.
Não era pra ser?
Não tentaram o suficiente?
Não importa são dois idiotas.
Ele não liga. Ela não liga.
Ela não liga por orgulho e medo.
E ele? Ao meu ver apenas se aproveitou da inocente e sonhadora garota. (Eu não sou a única pessoa que acha isso)
Mas já não importa mais.

“Quando a luz dos olhos meus
E a luz dos olhos teus
Resolvem se encontrar
Ai, que bom que isso é meu Deus
Que frio que me dá o encontro desse olhar”.

Ele cantou isso pra ela há tempos atrás, numa época diferente, numa era diferente, mas ainda é assim que ela se sente ao encontra-lo.
Coração disparado, mãos e pernas tremendo, problemas na fala.
Se você sente todos esses ‘sintomas’ ao encontrar uma certa pessoa, significa que está irremediavelmente apaixonado(a), ou terrivelmente assustado(a), nos dois casos recorra a uma enorme barra de chocolates –sem culpa, por favor-  e não se esqueça dos lencinhos de papel, afinal não existe um romance sem lágrimas.
MALDITA PAIXÃO!!!!
BENDITA PAIXÃO!!!!
Nos leva até o mais alto céu e até o mais profundo inferno, e no final sempre nos deixa uma lição –eu ainda não entendi a minha-.